quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Albergue 2 (2007)



A segunda parte de "O albergue" segue a mesma linha do primeiro filme. Começa, inclusive, com um dos personagens do anterior. Agora a principal diferença é em relação às novas vítimas. Agora são garotas que são levadas para o albergue na Eslováquia seduzidas pelos festivais noturnos e spas com relaxantes águas termais. Para quem quer relaxar, a proposta parece realmente tentadora.
O que nenhuma desconfia é o maligno plano que se esconde por trás da pousada. As meninas não fazem idéia que correm risco de perderem a vida por causa do obscuro comércio estabelecido no local. Uma velha fábrica serve de palco para terríveis torturas e clientes riquíssimos pagam para poderem matar as pessoas. E na segunda parte tem a inteligente sacada de mostrar que acontece também pelo ponto de vista dos pagantes.





"O albergue 2" completa a história e Eli Roth conseguiu realizar a difícil tarefa de criar uma continuação com a mesma qualidade do original. A carnificina (característica que marcou e chocou o público) também está presente, embora seja menos escatológica. Uma das cenas, inclusive, mostra o que muitos filmes apenas insinuam e é simplesmente perturbador para a platéia masculina.

A parte do sexo não foi desprezada, com belas atrizes e novamente a intenção clara de demonstrar o prazer sexual que os sádicos sentem ao comprar a vida e o destino dos inocentes. "O albergue 2" é corajoso e não poupa nem crianças. E alimenta a paranóia que tudo pode acontecer num país diferente do seu. Mesma teoria aplicada em "Turistas", com a diferença que o terror se passa no nosso próprio país ou "Wolf Creek, viagem ao inferno", que se passa na Austrália.

Outro fator positivo desse filme é o de ser uma sequência coerente e real. Não é apenas mais uma história explorando o ambiente do filme anterior, e sim um evolução (pelo menos em termos de história) daquele filme, somando, agregando. O fato do filme gastar um bom tempo explorando o processo que leva uma pessoa comum (mas podre de rica) a viajar meio mundo para matar outra por pura diversão traz, como já foi comentado, uma nova e agradável perspectiva, fugindo um pouco do que seria o óbvio para a produção. Eu havia imaginado em uma sequência infindável de sangue, tripas e órgãos internos expostos. Eli Roth evitou isso e fez bem. As cenas de morte são poucas mas muito bem elaboradas (além de bizarras, mais que no primeiro filme), às vezes até evitando mostrar o óbvio.















FICHA TÉCNICA:


Diretor: Eli Roth
Elenco: Jay Hernandez, Roger Bart, Richard Burgi, Lauren German, Stanislav Ianevskil, Roman Janecka, Vera Jordanova, Milan Knazko, Heather Matarazzo, Bijou Phillips.
Produção: Chris Briggs, Mike Fleiss, Eli Roth
Roteiro: Eli Roth, Leigh Whannell
Fotografia: Milan Chadima
Trilha Sonora: Nathan Barr
Duração: 93 min.
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Terror
Distribuidora: Não definida
Classificação Indicativa: 18 anos

NOTA: 7,5

O Albergue (2005)


“O Albergue” é a nova empreitada do criativo diretor de “Cabana do Inferno” (Cabin Fever, 2002). Desta vez, a história gira em torno dos jovens americanos Paxton (Jay Hernandez) e Josh (Derek Richardson). Viajando pela Europa, os dois conhecem o islandês Oli (Eythor Gudjonsson), outro mochileiro. Todos estão em Amsterdã, atrás de drogas e mulheres.





Próximos do fim da viagem, eles ouvem falar de um albergue na Eslováquia onde tem mulheres de sobra e sedentas por sexo. Quando chegam lá, os rapazes percebem que a mina de ouro não reluz tanto assim, e tudo começa a ficar bem sangrento…
Como uma história nada original, que até tem ecos de “O Alvo” de John Woo, Roth cria um clima de mistério e de angústia, deixando a tensão cozinhar lentamente. O primeiro terço do filme não dá indícios de terror; o diretor toma o tempo necessário para desenvolver sua história e seus… personagens.
Parece piada com um filme desse tipo, mas os personagens são tridimensionais, fugindo dos estereótipos “jovens e burros” dos filmes de terror. Ok, os americanos até se portam como idiotas e donos da verdade, mas isso é só uma cutucada de Roth na nação de George W. Bush.
Como em seu outro filme, o roteiro faz com que acreditemos nas ações de cada personagem, até nos levar ao horror da situação. Só a gangue dos moleques de rua não funciona desse jeito, mas não dá para vencer todas…



Há obviamente um clima de medo e desespero no terço final do filme, mas as cenas ditas “sangrentas” são poucas. Mas são o suficiente para fazer o seu olho cair. Pode acreditar.
Para padrões americanos, o filme é um soco no estômago. Acabou a geração Jason. Os filmes de terror estão tratando do real e do cotidiano, e aí estão os verdadeiros medos e paranóias de cada um. As pessoas não projetam mais suas fobias num psicopata que nunca morre. Transformar isso numa catarse coletiva no cinema é a nossa válvula de escape.

Eli Roth veio pra ficar. Gasta pouco, rende muito e é apaixonado por horror. E ele faz os filmes que gostaria de assistir, se fosse um mero espectador. Ainda bem.
Aliás, “O Albergue 2” já está engatilhado. A história continua exatamente de onde parou, acompanhando também três garotas que descobrem um albergue italiano com o mesmo tipo de serviço de quarto. Promete ser tão bom quanto esse.













FICHA TÉCNICA:

Diretor: Eli Roth
Elenco: Jay Hernandez, Derek Richardson, Eythor Gudjonsson, Barbara Nedeljakova, Jana Kaderabkova, Jan Vlasák, Jennifer Lim, Lubomir Silhavecky, Paula Wild, Lubomir Bukovy
Produção: Chris Briggs, Mike Fleiss, Eli Roth
Roteiro: Eli Roth
Fotografia: Milan Chadima
Trilha Sonora: Nathan Barr
Duração: 95 min.
Ano: 2005
País: EUA
Gênero: Terror
Distribuidora: Não definida
Classificação Indicativa: 18 anos

NOTA: 8,0




quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um Gato No Cérebro (1990)

O diretor Lucio Fulci está rodando um filme sobre um psicopata canibal . Nada de diferente na carreira do cineasta se o mesmo não estivesse particularmente impressionado com as violentas cenas . O estranho efeito psicológico levou Fulci a procurar o professor Egon Schwarz , renomado psiquiatra . Porém , depois de uma sessão de hipnose , Fulci passa a sofrer de alucinações cada vez mais intensas e frequentes a ponto de não reconhecer mais o limite entre realidade e ficção . Enquanto isso um psicopata real passa a matar mulheres próximo a locais frequentados pelo diretor . Fulci pressente os assassinatos e de alguma forma acaba sempre na cena do crime . Cada vez mais confuso Fulci teme que inconscientemente esteja por trás dos brutais assassinatos.









Em 1990 pelo Maestro do Gore e Pai dos Zumbis Carniceiros: Lucio Fulci, é o filme CAT IN THE BRAIN, onde o próprio Fulci aparece em cena como ele mesmo tendo uma série de alucinações macabras devido aos longos anos de produções de imagens sangrentas e brutais. Ao consultar um psiquiatra sinistro e completamente desequilibrado ele acaba virando uma marionete nas mãos deste através da hipnose que joga Fulci em um abismo de loucura e delírio.





A Cat in The Brain (1990) é um legitimo Slasher-Gore de virar os estômagos dos mais sensiveis . As cenas de violência são bem executadas e beiram o realismo . Corpos putrefados , vísceras expostas , cabeças e membros decepados e esmagados e litros de sangue e secreções compõem o repertório de um filme que simboliza toda a obra do cineasta Lucio Fulci (1927–1996) que ainda realizaria 4 filmes antes de seu falecimento . A Cat in The Brain é quase seu testamento cinematográfico .


FICHA TÉCNICA



Título Original : A Cat in The Brain / Un gatto nel cervello


Título traduzido : Um Gato no Cérebro


País : Itália


Ano : 1990
Duração: 93 minutos.

Gênero: Terror


Direção: Lucio Fulci


Roteiro: Lucio Fulci; John Fitzsimmons; Giovanni Simonelli; Antonio Tentori

Classificação Indicativa: 18 anos


ELENCO:


Lucio Fulci (Dr.Lucio Fulci);


David L. Thompson (Professor Egon Schwarz);


Jeoffrey Kennedy (Oficial Gabrielli);


Malisa Longo (Katya Schwarz);


Ria De Simone (Sopran - 'When Alice Broke the Mirror');


Brett Halsey (Monstro - 'When Alice Broke the Mirror');


Sacha Darwin ('When Alice Broke the Mirror');


Robert Egon ('Ghosts of Sodom');


Shillett Angel (Filipio, o produtor);


Paola Cozzo (enfermeira Lilly);


Layla Frank


Nota: 8,0



O Estripador de Nova York (1982)

Ola galéra peço desculpas que o blog ficou inativo 2 anos é que aconteceu uma série de coisas mas que não vem ao caso. Bem vamos ao que interessa e ja começamos com um Clássico do Mestre Fulci.
Um homem brinca com seu cão próximo a um píer em Nova York. O cachorro vai e vem buscando uma bola, até que chega o momento em que ele traz uma mão humana em estado de avançada putrefação. Este é o início de um dos melhores trabalhos do italiano Lucio Fulci, um giallo extremamente envolvente apesar das várias passagens sem pé nem cabeça. O responsável por tentar encontrar o tal estripador é um detetive antipático (Jack Hedley) que em determinado momento convoca a ajuda de um doutor em psicologia (Paolo Malco). Uma das características mais marcantes do filme é a voz do assassino, que fala sempre como se fosse o Pato Donald, mas há vários outros fatores que se destacam. Um deles é o desfile de belas mulheres que se convertem em vítimas, outro é a agressividade e a crueza com que Fulci filma as cenas de violência, responsáveis pela pesada censura que o longa sofreu ao longo dos anos em vários países. A caracterização eficiente de personagens e a narrativa dinâmica se sobrepõem à falta de lógica de muitas passagens (como o assassino sabe onde o detetive está para importuná-lo via telefone?), fazendo de O Estripador de Nova York um dos cruzamentos mais bem-sucedidos entre o giallo e o sexploitation sob um ponto de vista estritamente estético.











Título original: Lo Squartatore di New York (The New York Ripper)


Ano: 1982

País: Itália

Duração: 93 min.

Gêneros: Suspense, Terror

Diretor: Lucio Fulci
Trilha Sonora: Francesco De Masi

Elenco: Jack Hedley, Paolo Malco, Almanta Suska, Alexandra Delli Colli, Andrea Occhipinti, Howard Ross, Cinzia de Ponti, Cosimo Cinieri, Daniela Doria, Zora Kerova, Babette New, Paul E. Guskin, Antone Pagan, Marsha MacBride, Rita Silva, Barbara Cupisti

Classificação Indicativa: 18 anos

Nota: 7,5





quinta-feira, 1 de abril de 2010

BEN-HUR (1959)



Grandiosidade. Esta é a palavra que resume os números megalomaníacos do épico “Ben-Hur”, superprodução dirigida por William Wyler e estrelada por Charlton Heston, que utilizou milhares de figurantes em aproximadamente trezentas locações, felizmente, para contar uma bela estória de forma bastante competente. Com cores vivas e um visual deslumbrante, o longa narra a trajetória de um jovem judaico que vive uma verdadeira odisséia na Judéia dominada por romanos nos tempos de Jesus Cristo – que, aliás, cruza seu caminho em momentos cruciais de sua vida.



O príncipe judeu Judah Ben-Hur vive com sua família na Judéia, na época em que Jesus começa a ser conhecido por sua pregações. Seu amigo de infância, Messala, é agora um ambicioso tribuno romano. Quando Ben-Hur se recusa a denunciar outros judeus para desarticular uma possível revolta contra os romanos, Messala aproveita a primeira oportunidade para se vingar de seu antigo amigo.Um acidente durante a visita do novo governador da Judéia faz com que pese sobre ele a acusação de responsável pelo atentado. Assim, apesar de inocente, Ben-Hur é condenado às galés, enquanto sua mãe, Miriam, e sua irmã, Tirzah, são presas e enviadas às masmorras pelo próprio Messala.Uma vez nas galés, ele salva o comandante da esquadra, Quintus Arrius, o qual, como prova de gratidão, o adota como filho e lhe dá pleno controle sobre o estábulo de cavalos de corrida.Ao retornar a Judéia, agora como cidadão romano, Ben-Hur parte em busca de sua família e é informado que todos estão mortos.Desafia, então, Messala para uma corrida de bigas. Durante a corrida, Messala acidenta-se ao tentar atingir Ben-Hur com o chicote, caindo de sua biga e sendo pisoteado pelos cavalos. Ben-Hur vence. Antes de morrer, porém, Messala revela o verdadeiro paradeiro de sua família - o vale dos leprosos. Depois da morte de Messala, Ben-Hur depara-se com seu grande desafio: perdoar.


"Ben-Hur" é, sem dúvida, o maior Épico bíblico de todos os tempos. Realizado pelo cineasta William Wyler, o filme narra a história de um rico príncipe judeu, que viveu na época de Cristo e que, injustamente, foi acusado de ter cometido um atentado contra um governador romano.Partindo de um ótimo roteiro, Wyler realiza um magnífico trabalho que fala de ambição, traição, vingança, bondade, amor e perdão. O valor dramático é fantástico e a história é cativante, o que faz com que as 3:40horas de projeção passem sem ser notadas.








São inúmeros os grandes momentos do filme como, por exemplo, a antológica seqüência da corrida de bigas.Para um filme que ganhou 11 Oscars da Academia de Hollywood e foi indicado a uma 12ª estatueta, é desnecessário dizer quão perfeito ele é em praticamente todos os quesitos.









Nosso herói, Judah Ben-Hur (Charlton Heston) é contemporâneo de Jesus Cristo. Preservava uma antiga amizade com um agora General Romano, Messala (Stephen Boyd), que procura seu apoio para dominar o sempre inquieto povo judeu.










Amigavelmente nega e em troca é castigado, como exemplo aos demais. Em desgraça, é condenado às galés. Em uma batalha naval, salva a vida de um Cônsul, Quintus Arrius (Jack Hawkins – um de meus atores favoritos) e em troca é adotado por este. Com prestígio, retorna à Judéia e lá reencontra seu ex-ex-amigo de infância (a repetição é proposital). Messala é desafiado em uma corrida de bigas, na qual é especialista: Messala contra Judah. E aí...





Reencontra também Jesus, e num gesto de piedade, retribui o favor de anos atrás. Sua provação é recompensada: reencontra, por fim, sua amiga/noiva, a mãe e a irmã – a família novamente é reunida. E Nosso Senhor cumpre sua sina.









Agora os superlativos: a trilha sonora de Miklós Rózsa, principalmente na batalha das galés (antes, durante e depois) – o ritmo das batidas do marcador para com os remadores integra a trilha sonora – fantástico; a corrida de bigas (que lembra muito um certo Episódio I de uma certa trilogia de um certo diretor - em tudo inferior ao filme de Willian Wyler). A suposta relação homossexual entre Messala e Judah, muito comentada pela crítica, mas sempre analisada superficialmente, também poderia se estender a este com Quintus Arrius – muito comum naquela época.









Fotografia excelente, roteiro excelente, direção excelente, que mais falta?









Ficha Técnica:

Gênero: Drama, Épico
Direção: William Wyler
Roteiro: Karl Tunberg
Produção: Sam Zimbalist
Design Produção: Vittorio Valentini
Música Original: Miklós Rózsa
Fotografia: Robert Surtees
Edição: Ralph E. Winters, John D. Dunning
Direção de Arte: William A. Horning, Edward C. Carfagno
Figurino: Elizabeth Haffenden
Guarda-Roupa: Jack Martell
Maquiagem: Charles E. Parker
Efeitos Sonoros: Franklin Milton, Milo B. Lory, Sash Fisher e outros
Efeitos Especiais: A. Arnold Gillespie, Lee LeBlanc, Robert R. Hoag
Efeitos Visuais: Robert MacDonald, Matthew Yuricich
Pais: Estados Unidos








Elenco:

Charlton Heston Judah Ben-Hur
Jack Hawkins Quintus Arrius
Haya Harareet Esther
Stephen Boyd Messala
Hugh Griffith Xeque Ilderim
Martha Scott Miriam
Cathy O'Donnell Tirzah
Sam Jaffe Simonides
Finlay Currie Baltazar
Frank Thring Pôncio Pilatos
Marina Berti Flávia
Enzo Fiermonte Oficial da Galé
Richard Hale Gaspar
André Morell Sextus
Terence Longdon Drusus
George Relph Tibério César
Hugh Billingsley Mário
Giuliano Gemma Romano
Claude Heater Jesus
Noel Sheldon Centurião








Oscar de Melhor Fotografia
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Direção (William Wyler)
Oscar de Melhor Ator (Charlton Heston)
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Hugh Griffith)
Oscar de Melhor Direção de Arte
Oscar de Melhor Edição
Oscar de Melhor Figurino
Oscar de Melhores Efeitos Sonoros
Oscar de Melhores Efeitos Especiais
Oscar de Melhor Trilha Sonora de um Musical







Indicações:

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Charlton Heston)